quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E Aset Falou comigo novamente.

Depois de muito tempo, eu não sei ao certo por quanto, mas novamente voltamos a nos falar. Eu tenho sido bem esquecido quanto as coisas que eu devo fazer para agradar a Deusa. Tento me justificar mil vezes para as minhas falhas, mas ela nunca deixa eu me esquivar das verdades. Muitas vezes e por muitos dias ela tentou entrar em contato e eu ignorei, tanto é que por muito tempo eu não tenho postado aqui no blog. E isso tem me deixado um tanto incomodado, sabe quando você pensa que você devia fazer algo, mas não fez? E quando faz, você acha que isso é suficiente? Muitas vezes eu pensei que não fosse. Por que? Pelo tamanho do peso na consciência que eu venho tido com a Deusa, com a minha falha com ela. Mas o mais fácil para perceber e o mais difícil de admitir é que eu dei as costas para a Deusa por muito tempo. E ao mesmo tempo, será que eu dei as costas de verdade?
Eu por muito tempo achei que tivesse dado. De verdade, achei mesmo. Mas sempre que me perguntavam sobre a minha religião, agora com muito orgulho que completei o curso inicial da Kemetic Ortodox, sempre me enchi de felicidade e orgulho de falar da Deusa Aset. E sempre eu quis explicar as coisas que aprendi com a minha vivência com ela, e com tudo o que eu li sobre a sua história, e sobre tudo o que ela mesmo me diz. E sabe, eu depois de ontem, quando eu tive finalmente um contato maior depois de tanto com ela, vou transcrever aqui, a minha conversa com a Deusa. Pois eu acho que todos vocês podem saber o que um filho de Aset se comunica com ela.

Eu estava no Aeroporto de Campinas, pronto para voltar para a Bahia depois de dias maravilhosos, sem tirar nem por com uma pessoa maravilhosa. Os nomes que por ventura aparecerão aqui serão mudados para manter a privacidade das pessoas que se envolveram e se envolvem comigo até hoje. O meu coração estava muito apertado de saudades, pois a minha namorada mora em São Paulo, e bom, eu moro na Bahia. A saudade vinha me apertando muito. E eu sentado esperando o meu vôo sair, entre um cigarro e outro olhava as pessoas passarem, umas sozinhas e outras acompanhadas. E eu querendo voltar para os braços daquela que me acolheu tão cheia de carinhos e amor. E neste momento em que eu estava sentado eu ouvi a sua voz.
“Então, está feliz agora?”
“Agora não, Aset.”
“Você ainda vai ficar me ignorando?”
“Eu não estou ignorando.”
“Mesmo não me respondendo quando eu falo com você?”
“Eu tenho muita coisa para pensar, não tenho tido mais tanto tempo para me dedicar como eu costumava.”
“E vai continuar mentindo para mim? Tantas horas na frente do seu computador, sem fazer algo de muito útil não podem esperar que ao menos dedique um momento para falar comigo?”
“Vai começar?”
“Eu paro se me disser que eu estou errada.”
E era claro que ela não estava, dei mais uma tragada no meu cigarro e por fim disse:
“O que você quer, Aset?”
“Quero saber, se você está feliz agora?”
“Como se você não soubesse.”
“Sabes que eu sei, mas quero que você me diga.”
“Sim, Aset, estou. Estou contente. Adriana é maravilhosa, você viu como eu fiquei, você viu o tempo todo! Essa é a sua forma de puxar assunto?”
“Essa é a forma que eu faço você me agradecer. Você admitindo que está feliz, admite o presente que eu te dei. Porque eu sei que você me culpa pelo o que aconteceu com aquela que não ficou com você.”
“Você não me ajudou.”
“Não ajudei, tem certeza? Se eu não me engano, eu te avisei, fiquei do seu lado, eu ainda a observava, porque ela não tinha sido enviada por mim, você sabe que todas as vezes que me perguntou sobre ela, eu te disse que não ia falar muito, e que não era para mim julgar. Você foi, Mario, por sua conta. Você continuou com ela até o final, porque você mesmo quis. E por quanto tempo eu tentei falar com você? Eu ainda avisei que era para você ter cuidado com ela, você me pediu, eu sei, e eu fiz o que eu pude. Mas a partir do momento em que ela veio não por mim, não ia interferir nas escolhas dela, e nem muito menos nas suas. Não me culpe, se as coisas não foram da forma que você queria. Eu sei, e eu vi como você sofreu, e você sabe que não foi a primeira vez. E tanto que eu te mostrei, quando Juliana terminou com você, que o seu jeito auto-destrutivo não era capaz de cativar e nem segurar alguém do seu lado.”
“Que ótimo, agora é a hora do sermão “Eu-te-avisei”, como sempre.”
“E você sabe que é verdade. E você ainda me culpa, me acusa dos erros, TODOS eles que você mesmo cometeu. Juliana foi presente meu, e mesmo assim você a perdeu. E agora você vai ter um filho, um filho que você mesmo quis.”
“Mas não foi do jeito que eu queria.”
“E isso importa? Bom, você ainda vai aprender e perceber a graça que eu te dei de presente.”
“Eu agradeço! Mas...”
“Por que tudo para você, Mario, tem que ter um “mas”? Entenda uma coisa, agora eu te dou outra chance, já que você me pede tanto, por um amor, estou dando outra chance para você. E olha que você já tem motivos o suficiente para tal. Mas entendo o que você quer. Mas é preciso que VOCÊ entenda o que VOCÊ QUER! E principalmente é importante que você entenda o que é e mais, QUEM é você.”
“Pra que eu estou tendo que ouvir isso tudo de você?”
“Por que você acha? Porque é o que você sabe que é verdade! E agora, aproveitando que você está do jeito que está, feliz, e se sentindo amado, o que já devia se sentir sempre, pense melhor sobre isso, e reavalie mesmo se isso é culpa minha mesmo.”
“Tá certo, Aset” Por mais que eu tivesse dito aquilo, eu ainda me sentia nervoso com tudo aquilo que tinha sido jogado na minha cara, mas eu não podia negar.
“E não adianta você falar de mim, se você mesmo não fala comigo!”
Eu me senti mal, porque eu sabia que tudo aquilo era verdade. Mas depois me senti um tanto feliz, porque eu ainda reforcei a idéia de que Ela, jamais me abandonou, por mais que eu tivesse sido imbecil o suficiente para quase ter esquecido dela. Mas agora eu espero que as coisas voltem ao normal. Porque eu me sinto bem, toda vez que eu penso em Aset, eu me sinto bem, toda vez que eu falo com ela. Mas isso me faz lembrar que eu sou grato, por ter sido escolhido por ela. Por seu filho, e eu espero, que por mais que eu não esteja assim tão ativo, que o meu coração e a minha mente, estejam de fato como eu me propus e como eu me entreguei, inteiramente para a Deusa. I merit Aset Netjret.


Mario de Carvalho.

2 comentários:

  1. Aset tem seus momentos de silêncio, em que ela fica só olhando pra ver se vc descobre o que é que acontece, mas tem horas que ela fala tudo que a gente precisa ouvir, mesmo que a gente não goste muito, né?

    Ah, amore, fico tão feliz q vc tenha voltado a falar com Ela!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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